Técnico em Guia de Turismo

O turismo social compreende as atividades de turismo e lazer para turistas das camadas sociais menos favorecidas, ou seja, com menor poder de compra. Passeios e viagens com preços acessíveis são oferecidos para esse público, estimulando o desenvolvimento econômico e a inclusão social no turismo. Geralmente é organizado por sindicados, associações e cooperativas para atender às necessidades de férias. Conforme o Ministério do Turismo, “O Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a atividade turística promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o exercício da cidadania na perspectiva da inclusão”. (BRASIL, 2021, p. 6). Um exemplo de instituição que trabalha com turismo social é o Sesc, criando pacotes turísticos econômicos para que o turista tenha acesso ao lazer, um direito básico da população. Para conhecer mais detalhes, busque na internet por “Turismo Social Sesc”.

Fotografia de um grupo de pessoas esperando para embarcar em um ônibus de viagem em uma rodoviária. Algumas pessoas estão na fila de embarque, enquanto outras colocam a mala no porta-malas do ônibus.

O ecoturismo é uma modalidade de turismo que promove o contato responsável com o patrimônio natural e cultural, com o objetivo de preservar o meio ambiente e valorizar as culturas locais. Ele se diferencia do turismo convencional por estar focado em práticas sustentáveis, buscando minimizar o impacto ambiental e incentivar o desenvolvimento das comunidades visitadas. Nesse contexto, o guia de turismo exerce um papel central que vai além de conduzir o visitante, pois exerce a função de educador ambiental despertando a consciência do seu público de turistas para o tema da sustentabilidade. De acordo com o Ministério do Turismo:

O ecoturismo geralmente remete a atividades ligadas ao ambiente natural, mas é necessário destacar que também pode ser praticado em outros ambientes, desde que o foco seja a sustentabilidade. Por exemplo, quando o guia de turismo direciona os visitantes para pequenas empresas no destino, como restaurantes e produtores de artesanato locais, ele também ajuda a desenvolver o turismo sustentável na região.

Fotografia diurna mostrando um grupo de pessoas sentadas em cadeiras, em um ambiente externo, participando de uma atividade de observação de aves ao ar livre. Algumas pessoas estão olhando para o horizonte, outras usando binóculos. O local está cercado por vegetação densa, com árvores e plantas ao fundo, além de montanhas no horizonte.

O turismo cultural é uma modalidade que tem como foco principal a apreciação dos aspectos que representam a cultura de uma localidade, traduzida por meio de seus locais históricos, museus, eventos tradicionais, arte e outras manifestações da cultura. Essa modalidade é muito abrangente e pode estar presente em diversos contextos, entretanto, é possível identificar um turista que tem interesse por esse segmento quando ele deseja saber mais sobre a história e conhecer os hábitos locais, indicando um turista cultural. Conforme o Ministério do Turismo:

Ainda, segundo o MTur (2010), o turismo cultural implica experiências positivas para o visitante devido ao patrimônio histórico e cultural e a determinados eventos culturais de um local, de modo a favorecer a percepção de seus sentidos e contribuir para a preservação desses lugares.

No Estado da Bahia, o Pelourinho é um exemplo de turismo cultural, no Centro Histórico de Salvador. Esse local preserva e celebra as tradições afro-brasileiras, oferecendo uma experiência que representa a cultural local. Lá os turistas podem assistir a apresentações de capoeira, uma expressão cultural que combina dança, luta e música, criada pelos africanos escravizados no Brasil. Também é possível experimentar pratos típicos, como acarajé, moqueca e vatapá, que são preparados com ingredientes e temperos da culinária afro-brasileira. Esses pratos são geralmente vendidos por mulheres baianas vestidas com trajes tradicionais, um retrato autêntico do turismo cultural.

Fotografia diurna de uma roda de capoeira ao ar livre no Pelourinho, Centro Histórico da cidade de Salvador, na Bahia. No centro, há dois capoeiristas em movimento, realizando golpes e movimentos característicos dessa expressão cultural. Ao redor deles, outros participantes tocam instrumentos tradicionais, como o berimbau e o atabaque, que marcam o ritmo da roda. A praça é pavimentada com pedras portuguesas e cercada por edifícios coloniais, o que reforça o cenário histórico e cultural.

O turismo de estudos e intercâmbio é uma modalidade de turismo que combina viagens com atividades educacionais, nas quais os viajantes buscam aprender e adquirir novas habilidades, seja por meio de cursos, programas de intercâmbio ou experiências acadêmicas em outro país ou região. Esse tipo de turismo é comum entre viajantes que desejam expandir seus conhecimentos, vivenciar outras culturas e aprender novos idiomas. Conheça sua definição pelo MTur:

Existem muitas agências de turismo especializadas em turismo de intercâmbio, que oferecem diversas opções voltadas para o estudo em vários níveis de ensino. Segundo a pesquisa “Selo Belta”, de 2023, a principal motivação para esse tipo de turismo é o desenvolvimento de carreira.

Uma tendência interessante nessa pesquisa é o aumento da participação de profissionais com idades entre 30 e 49 anos em intercâmbios. Isso evidencia que mais pessoas estão buscando esse segmento, independentemente de sua faixa etária, impulsionando o turismo.

Fotografia de um grupo de adolescentes concentrados estudando, sentados, em uma sala de aula, realizando uma atividade de escrita, em papel. Na parede, ao fundo da sala, há ilustrações de elementos que remetem ao Reino Unido, como sua bandeira e um telefone público vermelho britânico. A frase “Learn English” está destacada, indicando que se trata de uma aula de inglês.

Essa modalidade está diretamente ligada ao esporte como a motivação central para viajar. O viajante pode estar envolvido com atividades esportivas por meio de sua participação ativa ou apenas com interesse em observar algum evento esportivo, ser um expectador. De acordo com o MTur, “Turismo de Esportes compreende as atividades turísticas decorrentes da prática, envolvimento ou observação de modalidades esportivas” (BRASIL, 2021, p. 23).

Esse tipo de turismo pode ser representado por pessoas que viajam para assistir a eventos esportivos, como jogos olímpicos, campeonatos de futebol, fórmula 1, entre outros. Um exemplo de atividade com a participação ativa do turista são as corridas, como a de São Silvestre, a mais tradicional do Brasil, na cidade de São Paulo, que atrai tanto corredores nacionais quanto estrangeiros, além de outros turistas que visitam a cidade para acompanhar o evento. É relevante destacar que existem várias agências de turismo no Brasil especialistas nesse segmento, o que indica uma demanda significativa para esse tipo de atividade.

Fotografia diurna de um grupo de atletas homens participando de uma prova de corrida de rua, passando em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). Eles estão usando tênis e roupas leves com seu número de inscrição no peito.

O turismo de pesca é uma modalidade voltada para turistas interessados na prática da pesca amadora. Segundo o MTur (2021), a pesca amadora pode ser definida como “Atividade de pesca praticada por brasileiros ou estrangeiros, com a finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem finalidade comercial”, ou seja, quem busca esse segmento tem o objetivo de lazer, e não de venda. Vale destacar que é preciso conhecer as legislações que envolvem a prática para que seja realizada respeitando o meio ambiente. Para o MTur, o “Turismo de pesca compreende as atividades turísticas decorrentes da pesca amadora” (BRASIL, 2021, p. 28). Além disso, quem deseja trabalhar nesse segmento deve observar algumas regras, como:

• Tirar a licença de pesca amadora
• Respeitar o defeso
• Respeitar as cotas de captura e transporte
• Respeitar os tamanhos mínimos de captura
• Soltar as espécies proibidas
• Não pescar em áreas proibidas
• Não introduzir espécies

No Brasil, há competições e eventos voltados para pesca. Esses encontros movimentam a economia local, gerando emprego e renda para as comunidades. Guias de turismo especializados, desempenham um papel importante na orientação dos turistas, garantindo a segurança e o cumprimento das normas ambientais. Para saber mais, busque na internet as orientações do Ministério do Turismo por “turismo de pesca, orientações básicas MTur”.

Fotografia diurna de duas pessoas dentro de um barco a motor em um mangue, cercado pela natureza. Um homem está segurando um peixe e uma vara de pesca, enquanto outro registra uma fotografia dele.

A atividade náutica, quando atrelada ao turismo, tem características que a diferenciam do simples ato de navegação. O turismo náutico não se configura pela utilização da embarcação como um simples meio de transporte, mas como principal motivador da prática turística, ou seja, o “turismo náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas com a finalidade de movimentação turística” (BRASIL, 2021, p. 34). O turismo náutico se diferencia dos outros segmentos na medida em que o seu principal elemento caracterizador é um equipamento náutico. A embarcação utilizada como meio de transporte turístico constitui, ao mesmo tempo, o próprio atrativo motivador do deslocamento.

Fotografia de um barco navegando em um mar azul cristalino, representando o turismo náutico. O barco é chamado Caravela e tem dois andares, com vários turistas a bordo, tanto na parte superior quanto na inferior. Ao fundo, pode-se ver uma ilha com vegetação. O dia está ensolarado, perfeito para um passeio marítimo.

O turismo de aventura é a modalidade de turismo que envolve a prática de atividades de aventura em ambientes naturais ou em espaços urbanos ao ar livre. Ele inclui riscos controlados, uso de técnicas e de equipamentos específicos, adoção de procedimentos de segurança e respeito ao patrimônio ambiental e cultural. Essas características exigem do segmento do turismo de aventura profissionalismo e qualidade, especialmente pela necessidade de gestão da segurança. Assim, os trabalhadores, os prestadores de serviço, os empreendedores e os gestores precisam trabalhar diretrizes, normas, regulamentos, certificação e marcos específicos para o gerenciamento dos riscos. O “Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo” (BRASIL, 2021, p. 39). Considerando as sensações advindas da prática dessas atividades, pode-se facilmente perceber como esse tipo de turismo possibilita experiências singulares, pois uma viagem de aventura pressupõe o envolvimento do turista com a prática, a exposição a riscos controláveis e a integração com a natureza. Desafios como a transposição de corredeiras em botes infláveis, a descida de cachoeiras em cordas, a travessia de uma ponte móvel entre copas de árvores e a caminhada entre cânions mostram como o turismo de aventura estimula uma relação diferenciada do turista com o meio ambiente e proporciona um contato íntimo com a natureza.

Fotografia diurna de uma pessoa presa a cordas elásticas, com equipamento de segurança, praticando bungee jumping, em um salto de uma plataforma de madeira suspensa sobre um penhasco. Outras pessoas na plataforma observam atentamente o momento do salto. O cenário ao redor é composto por montanhas áridas com um vale profundo.

O turismo de sol e praia pressupõe aspectos como recreação, entretenimento e descanso, associados ao divertimento, à distração ou à contemplação de paisagens. A combinação desses elementos é o principal fator de atratividade, determinado especialmente por temperaturas quentes ou amenas, propícias à balneabilidade, assim o “Turismo de Sol e Praia constitui-se das atividades turísticas relacionadas à recreação, ao entretenimento ou ao descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor” (BRASIL, 2021, p. 43). Por essas características, o turismo de sol e praia é uma das modalidades de turismo mais populares no mundo, sendo a responsável pela movimentação de grandes fluxos turísticos e, por conseguinte, pela propagação do turismo de massa. No Brasil, representa um dos segmentos com maior fluxo turístico, em 2022, em uma pesquisa realizada a pedido da Embratur, o Brasil ficou em segundo lugar em destino de sol e praia do mundo, entre brasileiros estrangeiros. Cabe ressaltar ainda que os turistas que viajam com a motivação principal de visitar praias, muitas vezes, agregam ao seu roteiro outras atividades fora desse ambiente, como visitas a monumentos históricos, feiras de artesanato, restaurantes típicos e manifestações artísticas e culturais. Isso permite que um destino diversifique ainda mais a sua oferta turística, apresentando diversas possibilidades de contato com a cultura local e a diversidade da fauna e da flora.

Fotografia diurna panorâmica da Praia do Futuro, na cidade de Fortaleza, no Ceará. A praia tem areia clara, o céu está azul e o mar tem ondas suaves. Estão organizadas diversas barracas com toldo de palha e cadeiras e mesas dispostas sob essas estruturas, oferecendo sombra aos visitantes. Ao fundo, há uma área com guarda-sóis azuis, além de alguns amarelos espalhados, indicando que o local é preparado para receber turistas. É um ambiente típico de uma praia turística, bem estruturada para o lazer e o conforto dos visitantes.

É praticado por empresários, executivos, profissionais ou estudantes que viajam para realizar negócios ou participar de eventos (congressos, feiras, simpósios, seminários). Em virtude da especificidade da motivação da viagem, esse segmento é bem delimitado e específico. Basicamente, o turismo de negócios e eventos se concretiza pela realização de atividades em local distinto do local de residência do turista, como visitas técnicas, reuniões, exposições, compra e venda de bens e produtos, palestras e discussões em grupos. Dessa forma, o “Turismo de Negócios e Eventos compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social” (BRASIL, 2021, p. 46). Por todos esses fatores, o segmento de negócios e eventos é bem visto por gestores do turismo, que lhe dedicam especial atenção, reconhecendo o seu potencial econômico e a possibilidade de equalizar os efeitos da sazonalidade.

Fotografia de uma feira de negócios em um grande pavilhão coberto, com várias pessoas circulando entre os estandes de diferentes empresas. O público interage, acessando materiais promocionais e conversando. O espaço é bem iluminado, com estrutura industrial e corredores organizados.

O turismo rural é uma modalidade que envolve viagens turísticas para áreas rurais. A motivação dos turistas se fundamenta no interesse em conhecer e vivenciar a relação do homem com o ambiente rural. O número de propriedades rurais que incorporam atividade turística tem crescido consideravelmente. Isso se dá em consequência da demanda por um tipo de turismo que, além de proporcionar uma vivência em um ambiente natural, agregue experiências mais autênticas com modos de vida distintos.

Além disso, convém ressaltar que o grande benefício do turismo rural é proporcionar a dinamização social e econômica dos territórios rurais. Com a criação de postos de trabalho, agregou-se valor aos produtos e aos serviços gerados em propriedades agrícolas e em empreendimentos rurais, e manifestações culturais e da tradição rural têm sido valorizadas. Esse tipo de turismo tem como base aspectos do meio rural, como a produção agropecuária, a paisagem, a tradição e o modo de vida do homem do campo. Ele é desenvolvido em fazendas, sítios, vilas e distritos rurais. Conforme o MTur, o “Turismo Rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade” (BRASIL, 2021, p. 49).

O envolvimento da comunidade é uma das premissas para o desenvolvimento do turismo rural. Ao se trabalhar o segmento, é importante oferecer aos moradores a possibilidade de descobrir novas formas de olhar e apreciar o lugar onde vivem. Se a comunidade conhece e valoriza seu patrimônio e se orgulha do que é, ela se torna um elo importante na interação com o visitante, contribuindo para conduzir o seu olhar e as suas sensações em relação ao lugar e para sensibilizar os envolvidos na comercialização do destino. A valorização e a apropriação da herança cultural são fatores-chave para a preservação e a conservação do patrimônio rural.

Fotografia diurna de um grupo de visitantes reunido em uma área ao ar livre, rodeada por árvores altas. As pessoas estão em pé enquanto um guia conversa com o grupo. O local é uma fazenda, com vegetação abundante e uma pequena cabana ao fundo. As pessoas vestem roupas confortáveis e casuais, pois estão participando de visita guiada em um local rural. A cena transmite a ideia de interação com a natureza e aprendizado coletivo.

Turismo de saúde é uma modalidade de turismo que envolve a viagem de pessoas para destinos onde possam receber tratamentos médicos, realizar procedimentos estéticos ou participar de programas de bem-estar. Sendo assim, esse segmento pode ser subdividido em turismo de bem-estar e turismo médico-hospitalar, atingindo as dimensões preventiva e curativa, que abrangem os turistas em busca de médicos especializados e/ou tratamentos cirúrgicos, e atividades voltadas a relaxamento, equilíbrio mental e melhoria da qualidade de vida, como spas, retiros de ioga e clínicas de emagrecimento. Desse modo, o “Turismo de Saúde constitui-se das atividades turísticas decorrentes da utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos” (BRASIL, 2021, p. 53). Vale ressaltar que ainda existem poucos destinos turísticos que dispõem de informações sobre a demanda pelo turismo de saúde. Com o crescimento desse segmento, caberá a ampliação de sua investigação, considerando a demanda de pessoas em busca de cuidados médicos e estéticos no país, além de outras atividades relacionadas, como congressos médicos e feiras de estética, que também movimentam o setor.

Fotografia diurna de um grupo de mulheres praticando ioga em um deck de madeira à beira-mar. Elas estão posicionadas de costas, em uma postura de alongamento, com uma perna flexionada à frente e os braços erguidos, cada uma sobre um tapete azul. O local é ensolarado, com vista para o mar ao fundo e algumas palmeiras e guarda-sóis fechados espalhados. O ambiente é de bem-estar, relaxamento e prática de atividades ao ar livre, ideal para aproveitar a natureza e a tranquilidade do mar.